Ter o próprio canal de comunicação para falar com a imprensa é tendência

Com redações cada vez mais enxutas e veículos de comunicação fechando as portas, como o Jornal DCI que publicou sua última edição no dia 23/09/19, ter seu próprio canal de comunicação é uma boa saída para as empresas. O Hospital Albert Einstein, por exemplo, lançou no último dia 16 sua agência de notícias de saúde que irá disponibilizar oito matérias semanais para a imprensa brasileira. Serão reportagens, entrevistas, fotos e infográficos sobre saúde, ciência e bem-estar. Para ter acesso ao conteúdo basta que os veículos de comunicação façam um cadastro gratuito pelo site.

A novidade foi idealizada pela agência de relações públicas Jeffrey Group Brasil. Em matéria publicada pelo site Meio&Mensagem a diretora executiva da agência, Debora Pratali, explica que durante um ano trabalharam no desenvolvimento de um projeto editorial pensando em como as informações poderiam alcançar veículos de diversas regiões brasileiras, já que notícias sobre saúde ainda estão muito concentradas na imprensa do eixo Rio-São Paulo. E, mesmo nessas duas capitais, a cobertura aprofundada do noticiário especializado tem enfrentado obstáculos pela diminuição das redações.

Tendência

Já há alguns anos falo para meus clientes sobre a necessidade de ter seu próprio canal de comunicação que pode ser um blog ou até mesmo redes sociais devidamente atualizadas. Quando há produção de conteúdo inédito, especializado e útil, sua marca, empresa ou até mesmo um profissional liberal, chama a atenção não somente de seu público-alvo, mas também pode pautar a imprensa. Quando nos tornamos referência no assunto ou autoridade como se costuma falar atualmente, você será procurado espontaneamente por seu consumidor e, muitas vezes, pela mídia.

Mas isso não acontece da noite para o dia! É preciso periodicidade e consistência no conteúdo que é divulgado. Ah, e não adianta apenas falar bem da sua marca ou do seu produto. Ninguém gosta de autopropaganda. Antes de falar que você é o melhor em determinado assunto, é preciso demonstrar, provar. Como? Entregando conteúdo relevante, disponibilizando informações para quem está em busca de soluções para seus problemas. Os consumidores estão cada vez mais ativos na internet. Antes comprar algum produto ou serviço, de agendar uma consulta com um médico, ele busca informações e referências em sites de busca e nas redes sociais (já falei sobre isso nesse artigo recheado de dados sobre o primeiro semestre de 2019).

Caso de sucesso

Durante 8 anos atendemos uma grande empresa do setor de arquitetura e construção. No início foi difícil fazer a chefia entender da necessidade de ter um blog e estar presente nas redes sociais. Mas depois que os resultados começaram a aparecer como pedidos de orçamentos e dos fornecedores da empresa passar a usar as publicações do blog como clipping de imprensa, tivemos a comprovação de que a empresa tinha se transformado em autoridade na área na qual atuava. Um dos blogs recebia cerca de 40 mil acessos por mês, registrando audiência superior até mesmo a de muitos sites de jornais e portais jornalísticos.

Portanto, ter o próprio canal de comunicação é uma tendência e solução para falar com o público que deseja atingir. Mas para ser eficiente é preciso criar conteúdo exclusivo, consistente, relevante, útil! Esse é um dos melhores caminhos para se transformar em referência na área em que atua e até pautar a imprensa.

Redes sociais é o segundo maior motivador de compras

O relatório Webshoppers 40, que traz dados do primeiro semestre de 2019, apontou que as redes sociais é o segundo maior motivador de compras online e o Facebook (quem diria!) é o destaque das redes. Esse relatório é realizado pela Ebit – Nielsen desde 2001 e é considerado o estudo de maior credibilidade sobre o comércio eletrônico brasileiro e a principal referência para os profissionais do segmento.

De acordo com o relatório sites de busca como Google é o primeiro motivador de compra com 25% das indicações, seguido por redes sociais com 19%. E vejam só, 80% dos consumidores que compram por indicações de redes sociais ficaram satisfeitos em relação ao preço. Também foram os que mais elogiaram a compra.

E se você achava que o Facebook “estava morto” vai rever seus conceitos depois de ver esses dados. A pesquisa mostrou que entre as redes sociais o Facebook representa 53% das motivações de compra, seguido pelo Instagram com 32%. Já o Whatsapp e o Youtube ficaram atrás do Google+!

O Google+ representa 7% das motivações de compra, o Youtube 4% e o Whatsapp apenas 2%!

Os números demonstram que os consumidores estão muito mais ativos do que nunca. Por exemplo, nos anos 2000 o motivador de compra era a facilidade de receber o produto em casa. A partir de 2010 o promotor de compra era o preço e agora são os sites de busca e redes sociais. Ou seja, o consumidor pesquisa e busca informações antes de comprar. Se você ainda não tem um site bem feito ou não está presente nas redes sociais ou está, mas não produz conteúdo relevante para seu consumidor, a tendência é ficar cada vez mais para trás.

O relatório também indica que, quanto maior o conhecimento sobre o perfil dos usuários de internet e das redes, maior a chance de conversão de venda. Informação que comprova a necessidade de construir “personas” antes de sair produzindo ou postando conteúdo. É preciso conhecer bem o seu consumidor, descobrir suas dores, para daí sim produzir conteúdo útil e relevante para gerar vendas em vez de ficar falando sozinho. Memes são divertidos, dizer bom dia é simpático, mas seu público quer mesmo é informação, mas não é qualquer informação, o consumidor quer é encontrar solução para seus problemas.

Dos consumidores do primeiro semestre de 2019, 5,3 milhões fizeram a sua primeira compra online (são novos compradores) e representam 18,1% do total no período.

Outro dado importante que o relatório apresentou foi o aumento substancial do m-commerce. O número de pessoas que realizaram compras usando smartphones cresceu 42%!!! Enquanto as compras no e-commerce, ou seja, através de desktop (computador de mesa) aumentou 12%. O que isso significa? Com o computador você compra a qualquer hora. Com o smartphone você compra a qualquer hora e de qualquer lugar! Por isso, design responsivo, navegação simples, fácil e rápida são fundamentais.